HOME
ARTIGOS
NOVIDADES
ROMANCES
FOTOS
MÚSICAS
CONTATO
 
 
    Título: “Chico Xavier e Corina Novelino”  
       
 

Carlos A. Baccelli

          Existem certas informações que, pela sua procedência, mesmo ante a impossibi­lidade de comprovar-se de todo, se tornam incontestáveis.
          A propósito, fizemos recente visita à cidade de Ibiúna, próxima a São Paulo, onde proferimos palestra na "Casa do Caminho", benemérita instituição fundada e dirigida pelos devotados irmãos de ideal Dr. Rezende e D. Darcy, sua esposa. Junto aqueles confrades, colhemos interessante depoimen­to, testemunhado por diversos companheir­os que, na oportunidade, conosco estavam, dentre os quais salientamos o casal Fernan­do e LíIian, distintos trabalhadores do Centro Espírita "Paz e Amor em Jesus", localizado no Bairro do Tatuapé, na capital paulista.
          Nosso Dr. Rezende, sobrinho de Eurípedes Barsanulfo, visto ser filho de uma das irmãs consangüíneas do grande Missionário, D. Idalides, com o esposo, Sr. José Rezende, sempre freqüentou Sacramento com regularidade e privou da amizade de D. Corina Novelino, prima do saudoso Dr. Tho­maz Novelino, de Franca - SP, já desencarnada, fundadora do "Lar de Eurípedes" e, sem dúvida, a principal figura dentre os biógrafos do notável seareiro espírita sa­cramentano.
          Chico Xavier e Mãe Corina, assim cari­nhosamente chamada pelas antigas pupilas Internas, eram grandes amigos e, de quando em quando, estavam juntos, fosse em Sacra­mento, tosse em Uberaba. Recordamo-nos, por exemplo, das orientações que o Médium lhe transmitia, quando ela se encontrava ela­borando a obra "Eurípedes, o Homem e a Missão", cuja leitura, aliás, recomendamos.
          Numa das visitas que, na companhia do antigo companheiro de psicografia, Wal­do Vieira, Chico realizava a Monte Carmelo - MG, cidade natal deste, D. Corina tinha, por momentos, oportunidade de, a sós, enta­bular descontraída conversa com nosso Chico. Enquanto ficou estacionado o veículo, ela se extasiava em apreciar a bucólica paisagem, rente a uma cachoeira existente en­tre Uberaba e Morte Carmelo, e disse-lhe:
          — Chico, tenho duas perguntas a lhe fazer...Você as responderá se quiser, mas eu não gostaria de permanecer com esta dúvida...
          — Pois não, minha filha - redargüiu o Médium, sentindo-se à vontade.
          — Quem foi André Luiz?
          Sem tecer qualquer comentário ou evasiva, Chico respondeu:
          — Carlos Chagas!
          E, logo após a primeira, ela aventou a segunda pergunta, que formulou também sem rodeios:
          — Chico, você é Kardec?...
          A esta segunda indagação - contou D Corina ao Dr. Rezende -, fitando-a fixamente nos olhos, ele nada respondeu.
          — Corina - desconversou ele, depois de breve silêncio -, o nosso Emmanuel está nos acenando do alto da cachoeira...

* * *

          Cremos que o valioso depoimento do Dr. Rezende, o qual nos concedeu permis­são para reproduzirmos o diálogo que mantivemos em Ibiúna (ele poderá, por quem o deseje, ser interpelado a respeito), servirá para a reflexão de quantos, nos últimos tempos, têm se sentido motivados a discutir o assunto, o qual, embora, de fato, nos pare­ça irrelevante, em face do significado mai­or da Doutrina, não deixa de ser, de nossa parte, importante testemunho para as futuras gerações que, com certeza, haverão de especular em torno dele.

Artigo extraído do jornal "A Flama Espírita"
Uberaba - MG, de julho/agosto de 2003.

 
 
 
 
Todo o produto das edições é destinado à manutenção do
Lar Espírita “Pedro e Paulo” e seus departamentos, obra social do Grupo Espírita “Bittencourt Sampaio”, de Uberaba (MG).